MANIFESTO

Estima-se que Belo Horizonte produza mais de 700 mil toneladas de resíduos sólidos por ano. Atualmente todo o lixo de Belo Horizonte é levado para o Aterro Sanitário de Macaúbas, em Sabará, que recebe também os resíduos de outras cidades da região metropolitana. Porém, nem todo lixo vai para os aterros. Atualmente, existem diversos processos para o tratamento dos resíduos sólidos e o destino mais adequado para o lixo urbano é o aterro sanitário. 

A candidatura tem como compromisso nesse tema, buscar, em conjunto com estudiosos, centros acadêmicos e de pesquisa, empresas e profissionais da área, bem como utilizar das diversas experiências bem-sucedidas já implementadas pelo mundo afora sobre o beneficiamento do lixo, para ajudar o município a construir uma política, via legislativo, que coloque Belo Horizonte na vanguarda no que diz respeito ao manejo do lixo urbano, além de outras questões cruciais para o meio ambiente, tais como o cuidado com nossas áreas verdes, a criação da Reserva Ambiental da Mata do Isidoro, fomento à agricultura urbana e manejo de nossas águas fluviais. 

Defendemos também a adoção de políticas e normas que permeiem todas as esferas da administração municipal que contemplem os conceitos de reduzir, reutilizar e reciclar como referência, e conscientizar por meio de campanhas e incentivos tributários as iniciativas que visem a ampliação do cuidado com o meio ambiente.

PROPOSTAS:

1.  Melhorar o sistema de tratamento de resíduos sólidos, garantindo que o processo seja feito em aterros sanitários construídos em áreas adequadas, com profissionais qualificados e tratamento dos gases e do chorume.
2. Incentivar, por meio de incentivo fiscal e disponibilização de informações, a criação de hortas comunitárias e agricultura urbana.
3. Ampliar a coleta seletiva para todos os bairros e regiões da cidade, aumentando as rotas e dias de coleta.
4. Incentivar a educação ambiental crítica e eficiente nas escolas (infantil e fundamental) e conscientizar a população em geral por meio de campanhas educativas e informativas.
5. Buscar realizar a revitalização dos parques e praças, além de ampliar as áreas verdes na cidade. 
6. Ampliar a fiscalização do cumprimento de taxa de permeabilidade em terreno natural em todos os lotes do município, com o intuito de garantir a permeabilidade do solo e reduzir o escoamento superficial das águas pluviais durante as chuvas mais intensas.
7. Promover a criação da Reserva Ambiental na Mata do Isidoro, que é um dos poucos ecossistemas ainda intacto no município. A área tem estimados cerca de 9 milhões de m2 e mantém remanescentes vegetacionais de Mata Atlântica, Cerrado e Floresta Semidecidual. Além disso, a Mata do Isidoro abriga cerca de 20 nascentes, todas enquadradas como classe especial, o que significa água de boa  qualidade, que pode ser usada para o consumo humano, para o lazer (nadar e esportes, por exemplo ), irrigação e abastecer o consumo doméstico (cozinhar, banho, etc). 
8. Ampliar e melhorar o sistema de saneamento básico da cidade, a fim de beneficiar toda a população e o meio ambiente em que vivemos com proteção das nascentes, drenagem de córregos e rios. O ambientalista, médico e professor da UFMG, Dr. Apolo Heringer, alega que a proteção contra as enchentes passa pela liberação e retirada dos blocos de cimentos que cobrem os rios e córregos da cidade. As águas devem ser livres, inclusive as pluviais. Os esgotos devem ser tratados em estação de tratamento de esgoto (ETE). As águas despoluídas retornam a sua origem. Essa proposta deve ser viabilizada por meio de convênio entre os governos municipal, estadual e federal devido ao alto custo das obras.